Riqueza natural da planta é alvo de patente pela USP
Por Terra da Gente, com informações da Agência USP
04/01/2011 – 11:53
O que popularmente já se rezava, de que o alecrim-pimenta (Lippia sidoides) tinha propriedades antimicrobianas, acaba de ser efetivado. Muito abundante no Nordeste do Brasil e usada na forma de chá das folhas em gargarejo e bochechos, essa planta já havia sido tema de diversas pesquisas científicas.
Mas agora pesquisadores do Laboratório de Pesquisa & Desenvolvimento em Processos Farmacêuticos (LAPROFAR), da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP, patentearam dois produtos a base de Alecrim-pimenta, obtidos a partir do encapsulamento de seu óleo essencial em micropartículas. Um dos produtos poderá ser usado em formulações de medicamentos e cosméticos, e o outro, na conservação de alimentos processados.
O trabalho foi realizado pela farmacêutica Luciana Pinto Fernandes. Ela explica que os dois produtos são apresentados em forma de pó – as micropartículas são visíveis apenas pelo microscópio eletrônico. “A diferença entre eles é a maneira como foram obtidos e o direcionamento de uso dado a cada um, devido aos custos dos processos de obtenção”, conta a pesquisadora, que estudou o alecrim-pimenta durante seu doutorado, feito sob a orientação do professor Wanderley Pereira de Oliveira, coordenador do LAPROFAR.
A patente abrange ainda um terceiro produto, obtido a partir do extrato hidroalcoólico das folhas da planta. “Os produtos obtidos com o óleo essencial de alecrim-pimenta apresentam uma maior concentração de substâncias ativas em comparação ao produto obtido a partir do extrato hidroalcoólico das folhas”, explica. “Apesar disso, o pó obtido a partir do extrato hidroalcoólico também poderia ser usado nas mesmas áreas”, pondera Luciana.
Não é só isso. “Vários estudos científicos têm comprovado a eficácia farmacológica do alecrim-primenta, demonstrando perspectivas de uso potencial como agente antimicrobiano natural”, conta a pesquisadora. Ela comenta que já existe uma reivindicação de patente referente a fitoterápicos antimicrobianos a partir da Lippia sidoides.
O próximo passo da pesquisa é testar as aplicações dos produtos. De acordo com a farmacêutica, alguns testes já foram realizados na FCFRP. Entre eles, o estudo envolvendo a conservação do peixe contra a Listeria monocytogenes. Mas há outros que ainda estão em andamento como análises sensoriais de alimentos submetidos aos dois produtos como conservantes, e o desenvolvimento e avaliação da eficácia de cremes dentais contendo formulações a base de alecrim-pimenta.
“A médio prazo, os produtos desenvolvidos poderiam ser aplicados em formulações cosméticas, como desodorante ou pó antisséptico, em um ativo potente antimicrobiano para o combate das bactérias responsáveis pelos odores fétidos, ou na preparação de creme dental com finalidade de prevenção de problemas bucais causados por bactérias cariogênicas. A curto prazo, os produtos poderiam ser utilizados em formulações de sopas instantâneas e em outras aplicações dentro da indústria alimentícia”, finaliza a farmacêutica.
Fonte:
http://eptv.globo.com/emissoras/NOT,0,0,329986,Alecrim-pimenta+patenteado.aspx
Veja outra matéria sobre o alecrim pimenta em nosso blog: https://espacoflordocerrado.com/dicas/alimentacao/lippia-sidoides-inibe-bacteria/
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Muito interessante o artigo!
Acho importante ressaltar os uso do oe desta planta…
Abs.,
Alessandro